A revista Foreing Affairs publicou, em agosto de 2020, um interessante artigo, assinado por Anthony Vinci, sobre o que ele chamou de Revolução nos Assuntos de Inteligência (RIA na sigla em inglês).

Segundo Vinci, desde os primórdios da história, as pessoas têm necessidade de saber o que os outros estão fazendo ou pensando em fazer. Para isso monitoram as outras pessoas, por meio de ferramentas que potencializam seus resultados, mas que nunca foram capazes de substituir os humanos.

O surgimento da inteligência artificial (IA) e dos sistemas autônomos promete mudar isso. Para o futuro, são esperadas máquinas capazes de espionar outras máquinas para saber o que estão fazendo ou estão planejando fazer. O trabalho de Inteligência será o mesmo, obter e proteger segredos, mas a forma como isso vai acontecer será fundamentalmente diferente. E está acontecendo numa velocidade vertiginosa!

O que se prevê é que as máquinas não apenas farão a coleta e análise de Inteligência, mas deverão se tornar tomadoras de decisão, sendo assim alvos de operações conduzidas por outras máquinas. O objetivo primário das operações de coleta e busca continuará sendo as relações humanas (sociais, políticas, econômicas, comerciais e militares), mas tudo será feito numa velocidade que os humanos não terão condições de acompanhar.

Ele conclui que a Comunidade de Inteligência não tem outra opção, senão quebrar barreiras culturais, investir em tecnologia, abraçar essa revolução e se adaptar.

Enquanto isso, no Brasil nos perdemos em discussões superficiais quando o assunto é Inteligência, que sempre fica em um plano inferior. Precisamos aprender rápido!

É um excelente artigo que vale a leitura.

Fonte: Foreign Affairs


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