Diga ao meu senhor… Isto de Bannum, teu servo.

Ontem eu deixei Mari e passei a noite em Zuruban, todos os Benjamitas estavam enviando sinais de fogo. De Samanum a Ilum-Muluk, de Ilum-Muluk a Mishlan, ‘responderam com sinais de fogo.

 Ainda não tenho certeza do significado destes sinais. Estou tentando descobrir. Escreverei a meu senhor se tenho ou não sucesso.

A guarda da cidade deve ser fortalecida e meu senhor não deve deixar o portão“.

Werner Keller, no seu livro The Bible as History (1965), apresenta um texto inscrito num tablete de argila, semelhante ao da imagem abaixo, em escrita cuneiforme, que traz o relatório de uma expedição de reconhecimento realizada pelo soldado Bannum, do Reino de Mari, no Século XIX a.C., na região do Rio Eufrates, onde ficam a Síria e o Iraque nos dias atuais. Não há mais registros históricos sobre o contexto em que ocorreu a ação, nem sobre os seus desdobramentos.

Os habitantes de Mari eram os Amoritas, um povo pacífico que já estava na região por muito tempo. Entretanto, havia alguns conflitos com tribos nômades Semitas que invadiam suas terras em busca de pastagens e alimentos.

Esse pequeno e surpreendente texto é, sem dúvidas o mais antigo Relatório de Inteligência de que se tem notícias.

Gary Todd, CC0, via Wikimedia Commons

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