Assim como no método científico, a execução bem-sucedida de cada etapa do ciclo de inteligência depende da execução bem-sucedida da etapa anterior. Por isso é importante que se preste muita atenção à etapa final do ciclo: disseminação e feedback.

Nessa etapa deve-se encaminhar o conhecimento produzido ao demandante ou destinatário final. Mas é extremamente importante que o destinatário dê feedback sobre o conhecimento recebido, de forma a permitir que esse retorno sirva para ajustar e otimizar as operações de inteligência em andamento e futuras.

Na prática, isso nem sempre acontece. Em muitos casos, depois que um relatório de inteligência é entregue, o feedback é pouco mais que uma reflexão tardia. Restrições de tempo, barreiras de comunicação e prioridades desalinhadas são frequentemente (e compreensivelmente) citadas como causas, mas muitas vezes a razão principal é simplesmente que não se compreende totalmente que tipo de feedback deve ser provido e por quê.

Essa é uma das razões que tornam o trabalho de produção de conhecimento muito difícil. Em muitas das vezes o feedback é inexistente ou deficiente. Há que se lembrar que a produção de conhecimentos de inteligência não é um ato que o analista pratique de per si. É preciso que haja uma demanda, bem formulada e com foco, para que o trabalho seja proveitoso. Como esse trabalho tem por objetivo o atendimento das necessidades informacionais de alguém, sem o retorno nunca será possível avaliar a qualidade do produto.

Fonte: SECURITYWEEK

Categorias: Inteligência

2 comentários

Paulo Roberto Moreira · 19/11/2020 às 20:49

Muito bom o artigo. Há ainda analistas que pensam que o que interessa a eles é o que deve interessar ao usuário. Esquecem que o trabalho da Inteligência é assessorar o processo decisório e esse processo é de responsabilidade do usuário. Daí a necessidade de se obedecer a Política e a Estratégia de Inteligência que, por sua vez devem esrar alinhadas com as demais políticas de governo.

Paulo Roberto Moreira · 19/11/2020 às 20:50

Muito bom o artigo. Há ainda analistas que pensam que o que interessa a eles é o que deve interessar ao usuário. Esquecem que o trabalho da Inteligência é assessorar o processo decisório e esse processo é de
responsabilidade do usuário. Daí a necessidade de se obedecer a Política e a Estratégia de Inteligência que, por sua vez devem esrar alinhadas com as demais políticas de governo.

Deixe um comentário

Avatar placeholder

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *