O jornal O Globo publicou hoje, 23/11/2020, matéria intitulada ‘Apenas uma falha de inteligência explica isso’, diz pesquisador que liderou estudo sobre espionagem da CIA no Brasil, sobre a compra e utilização de equipamentos de criptografia da empresa Crypto AG, que possuía ligações com a norte-americana Agência Central de Inteligência (Central Intelligence Agency – CIA) e o alemão Serviço Federal de Inteligência (Bundesnachrichtendienst – BND).

Merece comentário o ponto que diz respeito ao Centro de Pesquisa para a Segurança das Comunicações – Cepesc, integrante da estrutura da Agência Brasileira de Inteligência – ABIN, criado em 1982 exatamente para por fim à dependência de equipamentos de criptografia estrangeiros.

Diferentemente do que diz a matéria, o Centro não passou a produzir soluções a partir dos vazamentos de informações da National Security Agency – NSA, por meio das revelações de Edward Snowden, em 2013.

Desde a sua criação, o Cepesc vinha colocando à disposição das autoridades governamentais brasileiras diversos equipamentos e programas de segurança, dentre os quais alguns que poderiam ter impedido ou, no mínimo, dificultado o acesso de terceiros às comunicações governamentais.

Depois disso, continuando sua política de desenvolvimento permanente, apresentou novos equipamentos, inclusive um telefone celular criptografado com algoritmo inteiramente nacional, desenvolvido por seus técnicos. É importante frisar que poucos países dispõem de equipamento com tecnologia proprietária semelhante.

Categorias: CyberInteligência

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